Apesar de todo o movimento atual para promover o empoderamento feminino, estudos revelam que a disparidade de gênero ainda permanece, como é o caso de alguns cargos em muitas empresas.
Quando se fala na área de TI então, parece que esse cenário infelizmente é ainda mais comum. Alguns casos em específico, como o de vagas de programadores, mostram essa situação com ainda mais evidência.
Se você se preocupa em manter a diversidade na sua empresa, acompanhe essa leitura e saiba como evitar a disparidade de gênero.
Antes de tudo: por que a disparidade de gênero acontece?
Ao que parece, as carreiras consideradas de rápido crescimento (como é o caso de papéis de especialista na área de TI) são aquelas em que mais prevalecem profissionais homens.
É difícil definir o motivo exato disso, mas considerando todo o contexto que ainda envolve o preconceito em torno da mulher profissional, acredita-se em duas possibilidades principais: muitas vezes, considerando a realidade de muitas mulheres que é o de desempenhar vários papéis como o de mãe além do de profissional, fica mais difícil conseguir estudar e se especializar.
Outra possibilidade é que algumas empresas optam por especializar homens ou ceder cargos específicos para eles, acreditando haver maior competência técnica ou mesmo mais tempo e flexibilidade para se dedicar ao trabalho. Enfim, não importa qual seja a motivo: tudo se trata de preconceito e favorece a disparidade de gênero nas empresas.
Inclusive, considerando o momento de transformação digital que o mundo vive e a rápida digitalização das empresas, esperava-se que a disparidade de gênero diminuísse, já que muitas oportunidades têm surgido com esse movimento. No entanto, pesquisas mostram que a representação feminina na área de TI que é baixa, praticamente não sofreu alterações nos últimos anos.
Como evitar a disparidade de gêneros na sua empresa
Confira então algumas dicas valiosas que ajudarão a evitar a disparidade de gêneros na sua empresa:
- Promova o networking de maneira homogênea: muitas mulheres reclamam da dificuldade em conseguir as conexões profissionais certas para serem notadas pelas empresas. Boa parte disso se dá porque as empresas costumam designar mais homens do que mulheres para participar de eventos ou situações que promovam networking.
- Procure estabelecer um percentual de mulheres para cargos específicos: muitas empresas têm definido que para alguns cargos, é necessário que haja tanto homens, quanto mulheres. Claro que isso não precisa ser um entrave para os casos em que, por exemplo, haja certa urgência em realizar uma contratação e a empresa está com dificuldades para encontrar uma mulher com o perfil necessário. Mas sempre que houver oportunidade, deve-se contratar mulheres.
- Garanta que a empresa pratica e incentiva a diversidade: isso é possível quando a cultura da empresa apoia a diversidade, além de toda a estrutura organizacional adotar práticas com foco nela.
Isso inclui iniciativas que favoreçam a busca de talentos diversificados, além da implantação de políticas que visam incorporar a equidade na empresa; criando processos mais igualitários para a experiência, meritocracia e desenvolvimento profissional de colaboradores de ambos os sexos.
- É preciso assegurar um ambiente flexível: implementar políticas que viabilizem maior flexibilidade no trabalho, ajudando por exemplo a garantir o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, é uma das iniciativas que não devem faltar nas empresas que buscam evitar a disparidade de gêneros. Isso ajuda as mulheres que têm filhos e requerem maior flexibilidade em seus horários, por exemplo.
- Promova uma cultura acolhedora: além de um ambiente flexível é preciso que haja um ambiente acolhedor. Uma mãe que trabalha fora passa por momentos em que precisa entrar mais tarde por ter uma reunião na escola do filho ou tem de sair correndo para levar a criança ao pediatra.
É importante que a empresa compreenda essas situações e as lideranças acolham essas necessidades com respeito. Quem faz home office com filhos, por exemplo, sabe a dificuldade que é o dia a dia e as empresas precisam compreender isso.
Cuidado com a linguagem dos anúncios de vagas: pesquisas indicam que muitas mulheres se sentem desencorajadas a se candidatar a uma vaga de emprego que usa termos predominantemente masculinos em sua descrição. Uma linguagem aberta e inclusiva é essencial para fazer a descrição perfeita de vaga.
A disparidade de gêneros precisa acabar
Enquanto houver empresas que não se preocupam com isso, teremos um mercado desigual e muitas profissionais incríveis à espera de uma oportunidade para demonstrar seus talentos. Assim, todo mundo sai perdendo.
Portanto, se o quadro de colaboradores da sua empresa for predominantemente masculino, apoie a reversão dessa situação já! Aproveite as dicas que trouxemos aqui e, se tiver outras sugestões, além de dúvidas e comentários, escreva aqui.
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