A Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (CONAFER) é uma entidade fundada em 2011, constituída a partir da necessidade dos agricultores familiares do Brasil de ter voz autônoma em decisões referentes ao setor agrícola no país. Porém, sua história vem desde 2004, quando um grupo de agricultores, os fundadores da CONAFER, decidiu batalhar pela criação de uma lei que os amparasse e os valorizasse dentro do contexto do Estado.
Depois de dois anos de luta, em 2006 veio a Lei 11.326, que reconhece a Agricultura Familiar como categoria e setor econômico, realizando toda a mensuração dos trabalhadores rurais através do primeiro IBGE da Agricultura Familiar. Esse censo constatou a distribuição geográfica, classe socioeconômica e importância do setor para o Brasil, visto que os números mostravam 36 milhões de agricultores responsáveis por 73% da produção do consumo interno do país.
A partir disso inicia-se o processo de criação das entidades de primeiro grau dentro do setor: os sindicatos locais (SAFERs). Criados a partir de demandas do próprio agricultor, esses sindicatos se diferenciavam dos outros por não possuir nenhuma relação com partidos ou ideologias políticas, mas sim com os trabalhadores do campo que estavam buscando suas vozes, espaços e garantias de existência. Os SAFERs vieram para suprir demandas de fomento do Estado ao setor, como linhas de crédito e garantia da valorização do produto.
Quando um estado atinge o número suficiente de SAFERs, uma federação é criada naquela unidade (FAFER), servindo para trazer as demandas dos agricultores aos poderes públicos do estado, como secretarias estaduais, governo estadual e deputados estaduais.
Quando as demandas dos estados se tornaram maiores de que sua própria unidade federativa, todas as federações se unem na criação da CONAFER, uma confederação que vem para levar as demandas do agricultor lá da ponta até o governo federal, seus ministérios e autarquias. Mantendo as premissas iniciais dos sindicatos, a CONAFER é uma entidade autônoma cujo único objetivo é fomentar políticas para a agricultura familiar no país.
O grande desafio foi assessorar um setor com uma grande pluralidade em seu meio, pois a CONAFER entendia que agricultura familiar envolve não só camponeses, mas também indígenas, quilombolas, posseiros, ribeirinhos, assentados e acampados. São essas pessoas que mais necessitam de um terreno para produzir com sua família e a CONAFER vem na defesa desse povo, em busca das garantias básicas para uma vida de trabalho e dignidade.
No momento do surgimento da CONAFER, o campesinato estava sendo visto como um problema social e entendíamos isso como uma agenda partidária, pois grandes latifundiários e ruralistas ligados a partidos eram quem promoviam esse entendimento, incitando cada vez mais conflitos para desestruturar os pequenos agricultores.
Nossa maior briga foi na diferença de modais de produção, visto que os grandes latifundiários prezam pela monocultura, muitos agrotóxicos e transgênicos para aumentar a produção e o lucro, já a CONAFER veio para defender o modelo agroecológico, pois entendíamos que a gente precisava cuidar da gente, produzir alimentos de qualidade, com segurança alimentar, para que nossas famílias tivessem essa garantia da boa alimentação. Assumimos essa responsabilidade e cobramos essa agenda do Estado.
Então, desde 2011 com sua criação dentro do Congresso Nacional, a CONAFER vem andando de forma autônoma a passos lentos, pois no Brasil é muito difícil uma entidade assim ir pra frente sem estar amarrada a partidos, políticos, centrais, igrejas ou correntes. Montamos uma entidade cuja premissa era estar lado a lado e crescer junto com seu povo. A CONAFER só seria grande e forte quando nossas famílias de agricultores também fossem!
A CONAFER acompanha o fenômeno da agricultura familiar com todas suas variáveis, contradições e desafios e fazemos tudo ao nosso alcance para a melhoria do setor e para convencer os povos que não somos diferentes, somos únicos em nossas subjetividades, mas um só grupo na hora da luta pelos nossos direitos.
Surgimos para viabilizar a autonomia do agricultor familiar no Brasil! E assim seguimos.
- Desenvolvimento e manutenção de aplicações web;
- Realizar a manutenção e criação de novas funcionalidades;
- Desenvolvimento de funcionalidades no Front-End;
- Desenvolvimento de funcionalidades no Back-End;
- Desenvolver e sustentar integrações;
Desejável experiência em: Python, Django, REST API, experiência com infraestrutura AWS, MongoDB, PostgreSQL, HTML, Javascript, CSS, AJAX, JQuery, Microservices, Websockets, noção de NodeJS, ReactJS, Geolocalização, perfil orientado a entrega frequente de resultados
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